Busca Ativa Vacinal (BAV)
Apoiando os municípios na garantia da imunização infantil

A Busca Ativa Vacinal (BAV) é uma estratégia do UNICEF para apoiar os municípios na garantia da imunização infantil. Usa uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica disponibilizada gratuitamente para os municípios (https://buscaativavacinal.org.br) e contribui para identificar crianças menores de 5 anos com atraso vacinal ou não vacinadas; estabelecer estratégias para encaminhamento delas aos serviços de saúde e atualizações de vacinação; monitorar a cobertura vacinal; acompanhar a situação vacinal da população-alvo; e identificar e responder a vulnerabilidades que levam à não vacinação. A estratégia incentiva a participação de diferentes áreas na BAV – como Saúde, Educação, Assistência Social, entre outras –, fortalecendo a rede de garantia de direitos.
Cobertura vacinal
No Brasil, as coberturas vacinais vêm caindo desde 2015, colocando o País em alerta para o perigo do retorno de doenças evitáveis. A cobertura da vacinação contra a poliomielite caiu de 98,3% em 2015 para 76,7% em 2022. A cobertura da primeira dose (D1) da vacina tríplice viral – que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – caiu de 96,1% para 80,4% no mesmo período. E a cobertura da vacina pentavalente – contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b – passou de 96,3% para 76,8% (DataSUS, 2022 – consultado em 30/3/2023). Para a maioria das vacinas, a cobertura vacinal deve alcançar 95% ou mais, para interromper a circulação do agente infecioso no meio.
Entre os doze estados com as mais baixas taxas de cobertura vacinal contra a poliomielite em 2022, nove estão nas regiões Norte e Nordeste (Amapá: 52,4%, Roraima: 59,4%, Pará: 65,5%, Acre: 71,8%, Paraíba: 71,8%, Maranhão: 73,5%, Rio Grande do Norte: 74,6%, Bahia: 74,8%, Pernambuco: 75,7%). Os outros três estão nas regiões Sudeste – Rio de Janeiro: 58,3%; Centro-Oeste – Goiás: 76,3%; e Sul – Rio Grande do Sul: 78,58%.
O declínio das coberturas vacinais no Brasil deve-se a muitos fatores, incluindo um número crescente de crianças que vivem em ambientes de vulnerabilidade – onde o acesso à imunização é, muitas vezes, desafiador –, aumento da desinformação e desafios relacionados à covid-19, como interrupções de serviços de saúde.
Conheça o calendário de vacinação do Brasil e veja as vacinas que devem ser recebidas em cada idade

Estratégia intersetorial para reverter esse cenário de baixa cobertura vacinal
A Busca Ativa Vacinal (BAV) é voltada aos 2 mil municípios da Amazônia e do Semiárido que participam do Selo UNICEF. A plataforma (https://buscaativavacinal.org.br) permite que os municípios façam adesão à estratégia e comecem a cadastrar suas equipes. Para tanto, é necessário que cada município designe um gestor da BAV – responsável geral pela estratégia – e um coordenador operacional – responsável pela implementação. Os municípios já podem acessar o primeiro curso de educação a distância (EAD) da BAV, disponível na plataforma do Selo UNICEF. A partir do dia 6 de abril de 2023 serão disponibilizados os cursos específicos para outros atores da BAV.
>> Tutorial para Adesão à Plataforma BAV
>> Tutorial para Cadastro de usuário na BAV
Em breve, a plataforma da BAV passará a contar com uma funcionalidade para registro, identificação e monitoramento dos casos de crianças não imunizadas ou com atraso vacinal. Poderá ser utilizada por cada município em seu trabalho diário.
Parcerias
Para a BAV, o UNICEF conta com a parceria estratégica da Pfizer e o apoio da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.