Plataforma dos Centros Urbanos 2017-2020
Em dez capitais brasileiras, o UNICEF trabalhou para promover os direitos de cada criança e cada adolescente, especialmente os mais afetados pelas desigualdades dentro de cada cidade.

O desafio está lançado: até 2030, o Brasil e o mundo precisam se desenvolver de forma mais sustentável. E as cidades estão no cerne desse desafio, já que uma parcela crescente da população mundial vive em centros urbanos.
Ser uma cidade sustentável significa, entre outros pontos, ser um lugar de oportunidades para cada criança e cada adolescente, sem exceção.
Hoje, no Brasil, mais de 13 milhões de meninos e meninas de até 19 anos vivem nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Muitos desses meninos e meninas têm acesso a escolas, hospitais e espaços de lazer. Mas as conquistas não alcançam todos e a qualidade dos serviços muitas vezes é insuficiente.
Apesar de diferentes avanços, as grandes cidades são marcadas por desigualdades que impactam seus moradores. Milhares de crianças das capitais brasileiras já nascem desprotegidas e a situação se perpetua. Vivendo nas periferias, não conseguem se desenvolver plenamente, ir para a escola e aprender na idade certa. Chegam à adolescência sem ter projetos de vida. De forma extrema, vários desses meninos e dessas meninas têm sua vida interrompida pela violência.

Resultados do monitoramento da PCU 2017-2020
Para apoiar a gestão pública no aprimoramento de suas políticas e não deixar nenhuma criança ou nenhum adolescente para trás, a PCU tem como estratégia o monitoramento de indicadores desagregados, revelando a evolução das desigualdades dentro da cidade.
Ao encerrar a terceira edição da iniciativa, em dezembro de 2020, o UNICEF apresenta a evolução dos indicadores e experiências de destaque em 10 capitais brasileiras.
Como funcionou?
A Plataforma dos Centros Urbanos (PCU) é uma iniciativa do UNICEF, em cooperação com governos e parceiros, para promover os direitos das crianças e dos adolescentes mais afetados pelas desigualdades existentes dentro de cada cidade.
Em sua terceira edição, a PCU esteve presente em dez capitais brasileiras: Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória. A cada uma delas, o UNICEF propôs uma atuação articulada com governos e diferentes parceiros em torno de quatro desafios cruciais e inter-relacionados para a vida das crianças e dos adolescentes mais vulneráveis e excluídos nos centros urbanos.
Quatro agendas prioritárias

Promover os direitos da primeira infância
É prioritário reduzir as mortes evitáveis nos primeiros dias de vida, frear a transmissão da sífilis congênita e prevenir a obesidade desde os primeiros anos de vida

Enfrentar a exclusão escolar
É necessário garantir o direito de aprender de cada criança e cada adolescente.

Promover os direitos sexuais e os direitos reprodutivos de adolescentes
A gravidez não pode ser uma história inevitável. Também é preciso garantir a prevenção do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Enfrentar os homicídios de adolescentes
É urgente prevenir homicídios de adolescentes, quase todos de meninos, negros, das periferias urbanas.

Lançada em 2017, a terceira edição foi elaborada com base nas lições aprendidas com os ciclos de implementação anteriores.
A partir delas, o UNICEF desenhou cinco estratégias para impactar positivamente a vida de crianças e adolescentes:
- Definição de prioridades com atores estratégicos
- Análise e acompanhamento de indicadores em cada cidade
- Construção de impacto coletivo, com metas a ser alcançadas até 2021
- Participação de adolescentes e engajamento cidadão
- Troca de experiências entre cidades