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As crianças em Gaza precisam desesperadamente de apoio para continuar vivas

As crianças afetadas pela escalada das hostilidades necessitam de assistência e proteção humanitária. O UNICEF e seus parceiros estão no local

Foto mostra uma menina em meio a escombros olhando para o céu
UNICEF/UNI448902/Ajjour

Crianças, adolescentes e famílias estão em situação catastrófica em Gaza.

A escalada das hostilidades na Faixa de Gaza está tendo um impacto catastrófico nas crianças, nos adolescentes e nas famílias. Meninas e meninos estão morrendo em um ritmo alarmante – mais de 5 mil foram mortos e milhares ficaram feridos. Estima-se que 1,7 milhão de pessoas na Faixa de Gaza tenham sido deslocadas – mais de metade são crianças e adolescentes. Eles estão ficando sem água, comida, combustível e remédios. As suas casas foram destruídas; suas famílias dilaceradas.

Em todas as guerras, são as crianças que sofrem primeiro e aquelas que sofrem mais.

Até as guerras têm regras. Nenhuma criança, nenhum adolescente deve ser excluído dos serviços essenciais, nem ficar fora do alcance da ajuda humanitária. Nenhuma criança, nenhum adolescente deve ser mantido como refém ou usado de qualquer forma em conflitos armados. Os hospitais e as escolas devem ser protegidos contra bombardeios e não devem ser utilizados para fins militares, de acordo com o direito humanitário internacional. Nenhuma criança, nenhum adolescente deveria sofrer a ameaça de bombas em suas camas. O custo dessa violência para meninas, meninos e suas comunidades será suportado pelas gerações vindouras.

Um menino está sentado em um colchão no pátio onde pessoas deslocadas se abrigaram na Palestina.
UNICEF/UNI463117/El Baba
Um menino está sentado em um colchão no pátio onde pessoas deslocadas se abrigaram na Palestina.

O que o UNICEF está pedindo

Para responder à situação das crianças e dos adolescentes em Israel e na Palestina, o UNICEF pede:

  1. Um cessar-fogo humanitário imediato e duradouro.
  2. Acesso humanitário seguro e irrestrito à Faixa de Gaza e dentro dela para chegar às populações afetadas onde quer que estejam, incluindo no norte. Todas as passagens de acesso devem ser abertas, inclusive para combustível e materiais suficientes necessários para operar e reabilitar infraestruturas essenciais e abastecimentos comerciais. A circulação segura dos trabalhadores humanitários e dos abastecimentos em toda a Faixa de Gaza deve ser garantida e devem ser disponibilizadas redes de telecomunicações confiáveis para coordenar os esforços de resposta.
  3. A libertação imediata, segura e incondicional de todas as crianças e todos os adolescentes raptados e o fim de quaisquer violações graves contra todas as crianças e todos os adolescentes, incluindo o assassinato e a mutilação de crianças e adolescentes.
  4. Respeito e proteção das infraestruturas civis, tais como abrigos e escolas, e instalações de saúde, eletricidade, água, saneamento e telecomunicações, para evitar a perda de vidas de civis e de crianças e adolescentes, surtos de doenças, e para prestar cuidados aos doentes e feridos. Todas as partes no conflito devem respeitar o direito humanitário internacional.
  5. A liberação de casos médicos urgentes em Gaza para que possam sair ou receber serviços de saúde essenciais e para que crianças e adolescentes feridos ou doentes evacuados sejam acompanhados por familiares.

O UNICEF continua pressionando os líderes mundiais em todas as ocasiões para que tenha acesso humanitário a toda Gaza

O trabalho do UNICEF na Faixa de Gaza

Foto mostra caminhões com pacotes grandes e pessoas carregando pacotes
UNICEF/UNI491099/El Baba
Em 13 de dezembro de 2023, o UNICEF entrega 4.000 cobertores a hospitais no sul da Faixa de Gaza.

O UNICEF continua concentrando-se nas necessidades críticas de crianças e adolescentes em termos de proteção e assistência humanitária – mas o acesso continua difícil e perigoso. Os funcionários do UNICEF, juntamente com os nossos parceiros das Nações Unidas e da sociedade civil, permanecem em Gaza.

Devemos ter permissão para fornecer ajuda vital em grande escala, especialmente onde o acesso é mais restrito. O UNICEF e os seus parceiros enviaram suprimentos de emergência, incluindo água, medicamentos e equipamentos vitais, mas é necessário muito mais para satisfazer as imensas necessidades dos civis.

A resposta do UNICEF inclui:

  • Apoiar o transporte de água para abrigos e a distribuição de água engarrafada.
  • Fornecer recipientes de água, pastilhas de cloro para purificação de água e combustível para operar poços de água, usinas de dessalinização e transporte rodoviário, distribuindo kits de higiene familiar e centenas de milhares de barras de sabão.
  • Entregar suprimentos médicos de emergência a hospitais e unidades de saúde, incluindo suprimentos para recém-nascidos, kits para parteiras, kits para tratar diarreia aquosa aguda e outros medicamentos que salvam vidas.
  • Apoiar atividades básicas de saúde mental e psicossociais em alguns abrigos.
  • Fornecer uma variedade de suprimentos nutricionais essenciais, incluindo, entre outros itens essenciais, biscoitos de alto valor energético para crianças menores de 5 anos e suplementação de micronutrientes para crianças e mulheres grávidas e lactantes.
  • Apoiar atividades recreativas, inclusive para crianças com deficiência, em diversas comunidades, acampamentos e abrigos.
  • Concentrar-se no fornecimento de cobertores, tendas e agasalhos à medida que o inverno afeta a Faixa de Gaza.
  • Fornecer apoio humanitário em dinheiro às famílias mais vulneráveis para satisfazer as necessidades básicas.


Meninas e meninos em em Gaza precisam de apoio para sobreviver – cada minuto conta.

* Atualizado em 31 de dezembro de 2023

O que está acontecendo em Gaza?

Mesmo antes desta escalada de hostilidades, meninas e meninos na Palestina já crescia sob a sombra da violência recorrente e da pobreza esmagadora.

Crianças, adolescentes e suas famílias têm sido atacados nos locais onde deveriam estar mais seguros – as suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto. Mais de metade dos edifícios escolares da Faixa sofreram danos desde 7 de outubro. Os hospitais estão operando sem combustível para incubadoras e outros equipamentos vitais. 

As necessidades humanitárias continuam aumentando. A capacidade de produção de água caiu para apenas uma fração da sua produção normal, com pelo menos metade das instalações de água, saneamento e higiene danificada ou destruída. As pessoas perderam o acesso confiável a água potável, banheiros e lavatórios. A escassez de água e o saneamento inseguro aumentam o risco de doenças, especialmente a diarreia crônica – uma das principais causas de morte de crianças pequenas em todas as emergências. Os casos notificados de diarreia entre crianças com menos de 5 anos de idade já estão aumentando, bem como os casos de sarna, piolhos, varicela, erupções cutâneas e infecções respiratórias.

Os suprimentos de alimentos nutritivos praticamente acabaram e, para muitas famílias em Gaza, a ameaça de morrer de fome já é real. A violência também encerrou serviços de prevenção, rastreio e tratamento da subnutrição vitais e que anteriormente alcançavam centenas de milhares de crianças. Sem alimentos nutritivos suficientes, as crianças ficarão rapidamente desnutridas e a desnutrição infantil, a forma de desnutrição infantil que mais ameaça a vida, poderá aumentar.

Menina enche garrafas de água em uma bica comunitária
UNICEF/UNI457913/El Baba
Uma menina enche garrafas com água potável na cidade de Rafah, em meio a contínuas hostilidades na Faixa de Gaza.

Estudantes na Faixa de Gaza foram afetados por ataques à educação, perdendo acesso a locais seguros para aprender. Essas crianças e esses adolescentes ficarão para trás e crescerão sem as competências de que necessitam e correndo maior risco de exploração e abuso.

E apesar de tudo isso, as crianças e os adolescentes continuam excluídos dos cuidados psicossociais. Mesmo antes desta última escalada, mais de 500 mil crianças e adolescentes em Gaza foram identificados como necessitando de saúde mental e apoio psicossocial. Hoje, todos os meninos e meninas foram expostos a acontecimentos e traumas profundamente angustiantes, marcados por destruição e deslocamento generalizados. Enquanto isso, os próprios pais, mães e cuidadores estão sob intensa tensão mental.

“Os impactos nas crianças e nos adolescentes e na sua saúde mental são imediatos e serão duradouros”

Onde as guerras acontecem, meninas e meninos sofrem. Famílias em toda a região foram afetadas e crianças e adolescentes expostos a sofrimentos impensáveis. Em todo o mundo, um aumento alarmante do discurso de ódio e da intolerância está destruindo as comunidades.

O UNICEF em Israel

Em países de renda alta, como Israel, os governos geralmente têm capacidade adequada para responder a emergências. Em circunstâncias extraordinárias, a pedido do Governo, o UNICEF pode considerar a extensão dessa resposta, como o apoio psicossocial às crianças e aos adolescentes.

Em mais de 30 países onde o UNICEF não realiza atividades programáticas, os Comitês Nacionais do UNICEF servem como seus porta-vozes e trabalham para angariar fundos para o trabalho do UNICEF em todo o mundo, promover os direitos das crianças e dos adolescentes e garantir a visibilidade global das meninas e dos meninos ameaçados por pobreza, catástrofes, conflito armado, abuso e exploração. O Fundo Israelense para o UNICEF foi criado em 2009 e trabalha para aumentar a sensibilização em relação aos direitos das crianças e dos adolescentes em Israel e para angariar fundos para o trabalho vital do UNICEF em todo o mundo.