As desigualdades de raça e gênero
A pobreza multidimensional impacta mais quem já vive em situação mais vulnerável – entre eles, as mulheres e a população negra e indígena

A pobreza multidimensional impacta mais quem já vive em situação mais vulnerável – as mulheres, a população negra e indígena, e moradores(as) das regiões Norte e Nordeste –, agravando as desigualdades no País. Entre crianças e adolescentes negros(as) e indígenas, 72,5% estavam na pobreza multidimensional em 2019, ante 49,2% de brancos e amarelos.
Em praticamente todos os anos analisados, há uma diferença de quase 25 pontos percentuais nos índices de privações para crianças e adolescentes negros(as) e indígenas, em comparação a brancos(as) e amarelos(as).

As diferenças também estão presentes em relação ao gênero. Meninas são menos privadas na dimensão de educação, mas têm percentuais maiores de privação no que se refere ao trabalho infantil.
Na educação, tanto no acesso à escola na idade certa quanto na alfabetização, as meninas têm percentuais menores de privação do que os meninos, especialmente em relação à privação intermediária. No trabalho infantil, no entanto, em 2019, o percentual de meninas de 14 a 17 anos em situação de trabalho infantil era de 9,2%, enquanto para os meninos ficava em 2,4%.
