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Pelo clima, pela Amazônia, a resposta são elas: as crianças

No Acampamento Terra Livre, crianças indígenas mostram que proteger a floresta também é coisa delas

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UNICEF
23 abril 2025

Na tenda montada no Acampamento Terra Livre (ATL), em meio a potes de tinta e mural de desenhos, as crianças indígenas encontraram um lugar só delas: o CAFI Parentinho — um lugar de escuta, afeto e pertencimento, conduzido pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), com o apoio do UNICEF.

Ali, entre brincadeiras, cantos e olhares atentos, crianças de diferentes etnias se reuniram, com a força que só as elas carregam, para falar do que vivem, sabem e sentem sobre a floresta, o clima e o futuro que as espera. A programação do espaço foi pensada para isso, e o que se ouviu foi mais que um alerta: foi um chamado. As mudanças climáticas já estão em curso, e são elas, as crianças, quem mais sentem seus efeitos.

Durante as atividades, os pequenos foram convidados a desenhar e nomear os guardiões da natureza. Em suas falas e traços, surgiram guardiões que misturam folclore, ancestralidade e espiritualidade: a onça, o curupira, o boto cor-de-rosa, os encantados, a cobra grande, os ancestrais e os espíritos da aldeia. Para os pequenos, são essas figuras que protegem os rios, os igarapés, os animais e as árvores — e, com eles, protegem a vida.

funcionária do UNICEF desenha ao lado de duas crianças indígenas

UNICEF/BRZ/Arthur Menescal

menino indígena sorri para a câmera

UNICEF/BRZ/JP Rodrigues

crianças indígenas correm de mãos dadas

UNICEF/BRZ/Arthur Menescal

menina indígena lê carta

UNICEF/BRZ/Arthur Menescal

menina indígena pinta em papel

UNICEF/BRZ/JP Rodrigues

menina indígena usando penas na cabeça lê uma carta

UNICEF/BRZ/Arthur Menescal

Ouvir as crianças é urgente

Na fala dessas meninas e meninos, de 8 anos, está o aviso — e também o caminho. Elas entendem, com simplicidade, que não se vive sem floresta e que não há futuro sem equilíbrio. Elas falam de calor, fumaça, água suja, alimentos que escasseiam. Com sua força ancestral e infantil ao mesmo tempo, mostram que proteger o clima é também preservar os saberes, os territórios e as crianças.

Ao apoiar iniciativas como o CAFI Parentinho, o UNICEF reafirma seu compromisso com a proteção integral de meninos e meninas indígenas — garantindo o direito de brincar, de participar, de ser ouvida, de viver num ambiente seguro, saudável e com futuro.