Conectados para seguir aprendendo

UNICEF e PLKC Advogados entregaram 61 kits conectividade para adolescentes em situação de vulnerabilidade no Amapá

UNICEF Brasil
Foto mostra uma profissional com a camiseta do UNICEF entregando uma mochila com o logo do UNICEF para um adolescente. Os dois estão de máscara e mantém distância entre eles.
UNICEF/BRZ/Ruan Felipe
26 agosto 2021

Luick Barbosa acaba de voltar para as aulas presenciais, e está feliz por estar na escola novamente. Isso porque o período de ensino remoto foi difícil para o adolescente de 16 anos, de Macapá, capital do estado do Amapá. Atualmente no 2º ano do ensino médio, Luick estudou por meio de atividades impressas fornecidas semanalmente pela escola durante todo o ano de 2020 e metade de 2021, pois não conseguiu acompanhar as aulas online. “O ensino começava às 9h, mas, como eu não tinha telefone, não tinha como acompanhar sempre. E também nem sempre tinha internet, então recebia as atividades em casa”, conta. “Agora que estou voltando, quero recuperar o que perdi”, completa.

Para que adolescentes como Luick possam permanecer conectados e estudando neste período de volta às aulas no Amapá, o UNICEF, em parceria com a PLKC Advogados, entregou 61 kits de conectividade na capital. Os kits são compostos por um aparelho de celular e um chip com recarga para cinco meses, um caderno, folhetos informativos com dicas de prevenção contra a covid-19, máscaras e álcool em gel. Além do Amapá, adolescentes da cidade de São Paulo receberão os kits. As entregas ocorreram com o apoio da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela).

Depois de ter passado grande parte do ano usando o celular da mãe emprestado para as atividades escolares, Luick recebeu o próprio aparelho. Agora conectado, pode seguir aprendendo da melhor forma. “Acredito que o telefone me ajude a acompanhar as aulas remotas. E também é mais fácil para procurar informações”, diz. Para ele, um dos grandes desafios do ensino remoto foi não estar conectado para ter um contato mais próximo com os professores. “Era difícil raciocinar sem ninguém explicando o assunto, e ficava complicado fazer as atividades. Mesmo lendo o conteúdo várias vezes, era difícil aprender”, explica.

Foto mostra uma profissional com a camiseta do UNICEF entregando uma mochila com o logo do UNICEF para uma adolescente. As duas estão de máscara e mantém distância entre elas.
UNICEF/BRZ/Ruan Felipe

Esse também foi um dos maiores desafios de Anna Lethícia Pereira, de 13 anos. Ela está cursando o 8º ano do ensino fundamental e, como Luick, passou o último ano estudando remotamente por meio de atividades impressas. O contato com os professores se dava apenas pelo WhatsApp, e, quando precisava, pegava o celular da mãe emprestado para tirar dúvidas com os professores e fazer pesquisas para as tarefas. “Sentia aquela falta de estar na sala, falar com o professor”, diz. O contato já não era o mesmo, principalmente por não poder estar conectada a todo momento, e muitas vezes o aprendizado deixava a desejar.

Agora, no segundo semestre de 2021, as aulas presenciais de Anna estão prestes a começar de forma presencial novamente duas vezes na semana, e ela está animada por voltar a ter contato com professores e amigos. Com o novo celular e chip que ganhou no kit, ela vai poder seguir estudando e aprender. “Me ajudou bastante, porque agora posso fazer as pesquisas, estudar. Foi bem importante neste tempo em que estamos”, completa.

Motivada em continuar os estudos para um dia cursar a faculdade de medicina, Anna deixa um recado para todas e todos os adolescentes que possam estar passando por uma situação semelhante, estudando remotamente, e com saudade da escola. “Que não desista dos estudos. Porque é difícil, mas desistir não é a primeira opção, tem que continuar”.