Aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses é possível e salva vidas

“Essa é a minha experiência e partilho com os membros da minha comunidade”

Maltez Mabuie & Borges Mahumana
“Quando recebi o meu bebé, renovei o compromisso de amamenta-lo de forma exclusiva até aos 6 meses, o mesmo que fiz com o meu primeiro filho que foi amamentado até aos 2 anos e 2 meses,” contou Cristina Manuel Sandulo, uma mãe de 25 anos com fortes conhecimentos sobre os benefícios do aleitamento materno exclusivo na sua saúde e do seu bebé, e que faz questão de transmitir este conhecimento e experiência aos membros da sua comunidade.
UNICEF/2021/Maltez Mabuie & Borges Mahumana
12 Agosto 2021

Beira, SOFALA - “Quando recebi o meu bebé, renovei o compromisso de amamenta-lo de forma exclusiva até aos 6 meses, o mesmo que fiz com o meu primeiro filho que foi amamentado até aos 2 anos e 2 meses,” contou Cristina Manuel Sandulo, uma mãe de 25 anos com fortes conhecimentos sobre os benefícios do aleitamento materno exclusivo na sua saúde e do seu bebé, e que faz questão de transmitir este conhecimento e experiência aos membros da sua comunidade.

Conhecemos Cristina no Centro de Saúde de Nhangau, no Distrito da Beira, durante a comemoração da Semana Mundial do Aleitamento Materno, que decorreu de 1 a 7 de Agosto de 2021, na província de Sofala. Ela tinha acabado de receber o seu filho recém-nascido.

Nos primeiros seis meses, alimentei-o apenas com o leite materno, pois nele existem todos os nutrientes e sais minerais necessários para um crescimento saudável. Esta informação foi-me recomendada pelas enfermeiras e, na prática, percebi que era possível seguir e trouxe benefícios para o meu bebé.

Cristina Manuel Sandulo.
Nos primeiros seis meses, alimentei-o apenas com o leite materno, pois nele existem todos os nutrientes e sais minerais necessários para um crescimento saudável. Esta informação foi-me recomendada pelas Enfermeiras e, na prática, percebi que era possível seguir e trouxe benefícios para o meu bebé que fazem toda a diferença no seu desenvolvimento
UNICEF/2021/Maltez Mabuie & Borges Mahumana

“É preciso dizer que existem várias barreiras para o aleitamento materno exclusivo, muitas vezes por falta de informação e pressão familiar, devido a falsa sensação de que o leite materno por si só não pode matar a sede e saciar a fome do bebé.” No meio de todas as barreiras, Cristina tem sido um verdadeiro desviante positivo, e conta com o apoio do marido que se tem mostrado presente, não só durante o período da gestação, mas também no processo de amamentação. Ela partilha os seus conhecimentos com mães e futuras mães na sua comunidade e no Centro de Saúde de Nhangau, onde contribui na assistência psicossocial aos pacientes em terapia antirretroviral (TARV) e Pré-TARV.

Para além do apoio na aquisição de enxovais para os primeiros bebés nascidos durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno de 2021, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), através de fundos da União Europeia, financia um programa que tem em vista a melhoria da nutrição infantil em seis distritos da província de Sofala, através do aumento de serviços de nutrição, água, saneamento e higiene, particularmente entre as crianças até aos dois anos de idade.

“O aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses é possível e salva vidas,” concluiu Cristina sorrindo enquanto amamentava o seu bebé.