Declaração conjunta da Directora Executiva do UNICEF, Catherine Russell, e do Director-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, por ocasião da Semana Mundial do Aleitamento Materno

NOVA IORQUE/GENEBRA, 1 de Agosto de 2023 - Nos últimos 10 anos, muitos países fizeram progressos significativos para aumentar as taxas de aleitamento materno exclusivo. No entanto, é possível um progresso ainda maior quando o aleitamento materno é protegido e apoiado, particularmente no local de trabalho.
Nesta Semana Mundial do Aleitamento Materno, sob o tema "Facilitando o Aleitamento Materno, Fazendo diferença para pais que trabalham!" - o UNICEF e a OMS estão a enfatizar a necessidade de um maior apoio ao aleitamento materno em todos os locais de trabalho para sustentar e melhorar o progresso das taxas de aleitamento materno a nível global.
Na última década, a prevalência do aleitamento materno exclusivo registou um aumento notável de 10 pontos percentuais, atingindo 48% a nível mundial. Países tão diversos como a Costa do Marfim, as Ilhas Marshall, as Filipinas, a Somália e o Vietname alcançaram grandes aumentos nas taxas de aleitamento materno, mostrando que o progresso é possível quando o aleitamento materno é protegido, promovido e apoiado.
No entanto, para atingir a meta global de 70 por cento para 2030, é necessário abordar as barreiras que as mulheres e as famílias enfrentam para atingir os seus objectivos de amamentação.
Os locais de trabalho que dão apoio são fundamentais. As evidências mostram que, embora as taxas de amamentação reduzam significativamente para as mulheres quando regressam ao trabalho, esse impacto negativo pode ser revertido quando os locais de trabalho facilitam às mães que continuem a amamentar os seus bebés.
As políticas favoráveis à família no local de trabalho - como a licença de maternidade paga, as pausas para amamentação e uma sala onde as mães possam amamentar ou extrair leite - criam um ambiente que beneficia não só as mulheres trabalhadoras e as suas famílias, mas também os empregadores. Estas políticas geram retornos económicos ao reduzir o absentismo relacionado com a maternidade, ao aumentar a retenção de trabalhadoras e ao reduzir os custos de contratação e formação de novos funcionários.
Desde os primeiros momentos da vida de uma criança, o aleitamento materno é a derradeira intervenção de sobrevivência e desenvolvimento infantil. O aleitamento materno protege os bebés de doenças infecciosas comuns e reforça o sistema imunitário das crianças, fornecendo os nutrientes essenciais de que as crianças necessitam para crescerem e se desenvolverem em todo o seu potencial. Os bebés que não são amamentados têm 14 vezes mais probabilidades de morrer antes de atingirem o seu primeiro aniversário do que os bebés que são amamentados exclusivamente.
Apoiar o aleitamento materno no local de trabalho é bom para as mães, para os bebés e para as empresas, e é por isso que o UNICEF e a OMS apelam aos governos, aos doadores, à sociedade civil e ao sector privado para que intensifiquem os esforços para:
- Garantir um ambiente favorável à amamentação para todas as mães trabalhadoras - incluindo as do sector informal ou com contratos temporários - através do acesso a pausas regulares para amamentação e a espaços de apoio à amamentação que permitam às mães continuar a amamentar os seus filhos quando regressam ao trabalho.
- Proporcionar licenças remuneradas suficientes a todos os pais e prestadores de cuidados que trabalham para satisfazer as necessidades dos seus filhos pequenos. Isto inclui licenças de maternidade pagas durante um mínimo de 18 semanas, de preferência durante um período de seis meses ou mais após o nascimento.
- Aumentar o investimento em políticas e programas de apoio ao aleitamento materno em todos os contextos, incluindo uma política e um programa nacional que regule e promova o apoio dos sectores público e privado às mulheres que amamentam no local de trabalho.
Para mais informação, por favor contacte:
Helen Wylie, UNICEF Nova Iorque, Tel: +1 917 244 2215, hwylie@unicef.org
Jin Ni, OMS Genebra, Tel: +41 22 791 2616, jinn@who.int ou mediainquiries@who.int
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