Sentimentos no Papel
UNICEF convida crianças de todo o Brasil a desenhar e contar como estão se sentindo neste período de coronavírus
As medidas de prevenção ao coronavírus impuseram a grande parte da população o desafio de permanecer o maior tempo possível dentro de casa. Um período de adaptação a uma nova rotina. Como as crianças estão se sentindo durante este momento? Essa é a pergunta que o UNICEF quer responder.
E nada melhor que ouvir as próprias crianças, e deixar que elas mesmas desenhem e contem como estão se sentindo.
É esse o foco da campanha “Sentimentos no Papel”. Crianças de todo o País estão convidadas a participar, enviando um desenho que registre suas impressões e sentimentos deste período de afastamento social. O objetivo é dar voz às crianças em meio à pandemia, lembrando a importância de ouvi-las e de criar momentos em que elas possam expressar seus sentimentos.
Para participar, pais, mães e responsáveis podem abrir esse espaço de diálogo com seus filhos e filhas, organizando um ambiente acolhedor, em que a criança possa desenhar e falar sobre como se sente.
Em seguida, os adultos podem usar o Stories do Instagram, postando a foto do desenho, uma fala da criança ou um vídeo dela explicando o desenho, acompanhado da hashtag #sentimentosnopapel e marcando o perfil @unicefbrasil.
Confira os primeiros desenhos que chegaram!
E veja mais desenhos, falas e vídeos das crianças no Instagram do UNICEF https://www.instagram.com/unicefbrasil/
Alessandra Aguiar Albuquerque, 11 anos – Fortaleza, CE
“Eu me sinto um pouco triste porque eu sinto saudade das pessoas que eu não posso encontrar, família e amigos. Eu também sinto saudade de abraçar e beijar minha vó, meu vô, minha mãe. Mas eu também sinto tédio, porque tenho algumas coisas pra fazer, mas, quando você acaba, tem que fazer de novo. Mas, sem sair de casa, você tem tédio. Sinto saudade de sair de casa. Também sinto alegria, porque nenhum familiar ou amiga pegou coronavírus e todos estão bem de saúde. Também estou alegre porque, por mais que o tédio venha, tenho as horas em que me divirto.”
Andreza Melo de Matos, 12 anos – Cidade Estrutural, DF
Bernardo Lima Barbosa, 5 anos – São Paulo, SP
“Eu desenhei a escola, porque estava gostando de ir lá. Desenhei a rua com a árvore e a minha casa.”
Bianca Fontoura, 5 anos – Manaus, AM
“Eu tô com saudade da escola. E também eu fico com falta dos meus amigos, eu gosto deles, mas não falo com eles, entendeu? Eu tô com saudade.”
Edgard Vinícius, 4 anos – Maceió, AL
“Eu fiz um aquário e eu preso. Eu ia pegar uma sardinha pra minha mãe e todos os bichos abriam a porta pra me comer.”
Flavia Mussi Florez, 5 anos – São Paulo, SP
“Eu fico feliz porque brinco com meu pai e qualquer coisa me deixa feliz. Mas também tenho tédio às vezes, porque eu já fiz tudo e não penso mais o que eu posso fazer.”
Gabriel Oliveira Novais, 8 anos – Registro, SP
“O menino está aí porque queria brincar, mas não pode. Ele queria estar lá fora, mas ele não pode, por causa do coronavírus. O significado do meu desenho é que eu não posso sair de casa, e nem brincar com os meus amigos.”
Letícia Nakano Lee, 8 anos – São Paulo, SP
“Sem corona, eu podia brincar, passear, fazer um monte de coisa fora de casa. Agora com corona, eu fico triste porque não nosso ver meus amigos, não posso passear. Mas, tudo bem, eu posso brincar com meus pais, posso jogar um jogo, ver um filme.”
Lucas Fontoura, 9 anos – Manaus, AM
“Eu tenho várias emoções. É muito confuso, num dia eu estou triste porque não posso sair de casa, noutro dia eu estou feliz porque aprendi uma coisa nova, estudar pelo computador. Depois fico triste de novo porque eu penso que pode morrer algum parente ou pessoa próxima de mim.”
Maria Antônia Pena Costa, 10 anos – Fortaleza, CE
“Eu desenhei isso porque gosto muito de estudar e essa quarentena deixou a gente sem estudar. Então eu resolvi estudar para, quando voltar pra escola, eu estar melhor na leitura, na matemática. Eu me desenhei no quarto com um livro na mão estudando.”
Maria Eduarda de Melo Ferreira, 7 anos – Rio Grande da Serra, SP
“As crianças estão saindo da escola e indo pra casa, e, de repente, a amiguinha deles viu o coronavírus. Aí começam a chamar ela, mas ela não ouviu. E se ela for lá conversar com eles, eles vão pegar o coronavírus e transmitir pra todo mundo. Por isso é que tem que ficar em casa.”
Miguel Pereira, 9 anos – Olinda, PE
Natally Kerpen, 11 anos – Registro, SP
“No início o meu maior sentimento foi o medo. Surgiu a notícia de que o vírus poderia ser fatal para os idosos, fiquei com muito medo de meus avós serem infectados. Por medidas de segurança, fecharam os aeroportos. As escolas também fecharam e a gente ficou de quarentena, a única forma de eu falar com meus amigos é pelo celular.”
Raphaella Yasmin Bezerra Rodrigues Aguiar, 7 anos – Fortaleza, CE
“Estou triste pelas pessoas que estão com coronavírus e têm que ir para o hospital, mas eu me sinto feliz porque estou junto com a minha família.”