O PAM e o UNICEF lançam programa de proteção social para mitigar o impacto socioeconómico da COVID-19 nas 1.500 familias mais vulneraveis

BISSAU, 25 de Setembro 2020 - O Programa Alimentar Mundial  das Nações Unidas (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançam um programa conjunto de proteção social para reduzir o impacto socioeconômico da pandemia COVID-19, nas pessoas mais vulneráveis.  O programa tem o financiamento do Fundo Fiduciário Multi-Parceiros para Resposta e Recuperação da COVID -19 das Nações Unidas e  da Agência Italiana para Desenvolvimento e Cooperação.  

O PAM e o UNICEF, em colaboração com o Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social, vão  ajudar mais de 1.500 famílias, e 11,000 pessoas, através de transferências monetárias mensais via telemóvel, na  Guiné-Bissau. Cada família receberá 40.000 XOF (quarenta mil francos Cefas) durante três meses com o objetivo de ajudar a mitigar o impacto socioeconômico da crise causada pela pandemia do coronavírus. Uma meticulosa análise da vulnerabilidade foi conduzida, para garantir que os membros mais vulneráveis, das comunidades identificadas, possam se beneficiar do programa.

O PAM e o UNICEF visam atingir os oito setores do país, com maior prevalência de insegurança alimentar, com base nos resultados de inquéritos e pesquisas de  2019 e 2020 feitos em colaboração com os parceiros do Sistema de Monitoramento de Segurança Alimentar e Nutricional, incluindo Instituto Nacional de Estadísticas e o Ministério de Agricultura e desenvolvimento Rural. As 100 famílias mais carenciadas do Setor Autônomo de Bissau, o epicentro da COVID-19 no pais, também recebem esse apoio. 

A COVID-19 colocou uma enorme pressão sobre as famílias, nas áreas rurais, devido as limitações das atividades económicas incluindo a campanha de caju. “O PAM e a UNICEF estão determinados a aliviar as dificuldades daqueles que não têm medidas para se  defender, com foco  em famílias com múltiplas vulnerabilidades, na sua maioria chefiadas por  mulheres, com crianças, idosos, pessoas com desnutrição, deficiência, doenças crónicas e em situação de desemprego”, disse Kiyomi Kawaguchi, Representante do PAM na Guiné-Bissau.

Além de transferências monetárias, através de telemóveis, o programa oferece mensagens personalizadas para as comunidades beneficiárias, com forte ênfase na promoção de medidas de segurança e de prevenção a COVID-19. “A situação atual exige o desenvolvimento de um programa de assistência social contextual, adaptado às restrições impostas pela crise do coronavírus acompanhada de uma comunicação eficaz e efetiva para diminuir riscos às famílias e crianças”, afirmou Nadine Perrault, Representante do UNICEF na Guiné-Bissau. 

O PAM e o UNICEF também estabeleceram um sistema de monitoramento remoto, por meio de ligações telefónicas, para avaliar o sucesso do programa, além de uma linha direta e gratuita aos beneficiários, a fim de garantir uma comunicação contínua e bidirecional com as populações atendidas.