Retrospectiva 2024
Veja alguns dos destaques do UNICEF
Janeiro
Com a proximidade da volta às aulas, o UNICEF alertou que 56% das crianças do 2º ano do Ensino Fundamental não aprenderam a ler e escrever no Brasil.
Fevereiro
Em fevereiro, três novos membros tomaram posse no Conselho Consultivo do UNICEF no Brasil: Fábio Barbosa, Luana Ozemela e Sammy Birmarcker. O Conselho Consultivo tem como objetivo contribuir com o UNICEF na participação e no diálogo propositivo com o setor privado e com o ecossistema filantrópico.
O UNICEF também desenvolveu um guia sobre estratégias para redução de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado e celebrou a renovação da adesão de Salvador à iniciativa Unidade Amiga da Primeira Infância (UAPI).
Março
No Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, o UNICEF chamou a atenção para um problema que coloca em risco os direitos de meninas e meninos: 2,1 milhões de crianças e adolescentes (0-19 anos) vivem sem acesso adequado à água potável no Brasil.
No mesmo mês, um relatório global registrou queda na mortalidade infantil em 51% desde 2000. No Brasil, a queda foi de 60% no mesmo período. O mês também marcou a adesão dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo à Busca Ativa Escolar.
Abril
Em abril, celebramos a redução no número de crianças sem vacina de pólio no Brasil e a ampliação da vacinação no mundo. Nesse mês, o UNICEF também participou de reunião do GT de Saúde do G20 em que defendeu que os países do fórum assumam um compromisso pela saúde das crianças e dos adolescentes, em especial por meio da promoção de uma saúde digital equitativa e inclusiva.
O UNICEF também apoiou a implementação de uma nova ferramenta de sistema de alertas na Terra Indígena Yanomami.
Maio
Maio foi marcado pelas enchentes que assolarem o Rio Grande do Sul. A pedido do Governo Federal, o UNICEF foi a campo para apoiar em várias frentes, incluindo o mapeamento de crianças e adolescentes separados das famílias e ações de proteção contra violências. Nossas equipes continuaram no Estado ao longo de todo o ano.
Também em maio, UNICEF, Canal Futura e Childhood lançaram a campanha #EmCasaSemViolencia para conscientizar a sociedade sobre a violência contra crianças e adolescentes no Brasil.
Junho
Em junho, a Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Proteção Contra Violência, Dra. Najat Maalla M’jid, visitou o Brasil e fez reuniões e visitas técnicas em Brasília, Rio de Janeiro e Boa Vista.
No dia 11, Dia Internacional do Brincar, José Comilão e o UNICEF realizam ação inédita no Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
No mesmo dia, o UNICEF divulgou novos dados alarmantes: quase 400 milhões de crianças menores de cinco anos - ou seis em cada dez crianças nessa faixa etária em todo o mundo - sofrem regularmente agressão psicológica ou castigo físico em casa. Outro relatório também lançado em junho analisou, pela primeira vez, os impactos e as causas da privação alimentar entre as pessoas mais jovens do mundo em quase 100 países e em todos os grupos de renda.
Julho
Em julho, o UNICEF fez um apelo aos líderes do G20, que se reuniram no Rio de Janeiro, para que tenham um olhar dedicado às crianças e aos adolescentes e assumam um compromisso de priorizar serviços voltados a elas em todas as suas políticas e investimentos.
Na área de vacinação, uma boa notícia: o Brasil avançou na imunização infantil, e conseguiu sair da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo. Um relatório do UNICEF e da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que, no Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Já o número de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 caiu de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023.
Em resposta às enchentes no Rio Grande do Sul, o UNICEF e parceiros implementaram os “Espaços da Gurizada”: espaços seguros e amigáveis - fixos ou móveis - que contam com profissionais como pedagogos, psicólogos e assistentes sociais, para realizar atividades de educação não-formal, recreação, apoio psicossocial, identificação e referenciamento para a rede local de casos de violências, proteção e promoção do bem-estar de todas as crianças, como também apoio e orientação para mães, pais e cuidadores.
Agosto
No início das campanhas para as eleições municipais, o UNICEF enviou uma carta aberta aos candidatos e candidatas e lançou uma página especial para pedir que eles assumissem cinco compromissos com a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes nas cidades brasileiras, inspirados em marcos como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): proteção contra as violências, resiliência climática, saúde e nutrição, educação e proteção social.
No Rio de Janeiro, o UNICEF participou do Y20, que faz parte do G20, para discutir desafios e oportunidades compartilhados pela juventude. Já em São Paulo, um leilão beneficente em prol dos direitos de meninas e meninos com deficiência no Brasil e promovido pela Mauricio de Sousa Produções e pelo UNICEF vendeu vinte e seis versões do Sansão, o fiel escudeiro da personagem Mônica. Cada um deles foi estilizado e assinado por um diferente estilista brasileiro, os arremates somaram mais de R$ 350 mil, superando a meta inicial de R$ 230 mil.
Em agosto, o UNICEF também fez alguns alertas: mais de 15 mil crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta no Brasil nos últimos 3 anos; os perigos da diarreia e da hepatite A com a baixa no volume dos rios e a estiagem prolongada na região amazônica; e quase meio bilhão de crianças vivem em áreas que enfrentam pelo menos o dobro de dias extremamente quentes em comparação aos seus avós.
Setembro
O UNICEF lançou um estudo inédito com dados do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência que identificou fatores intersetoriais que contribuíram para mortes violentas de crianças e adolescentes entre 2015 e 2020 no Estado de São Paulo.
Além disso, no mês que antecedeu as eleições municipais, o UNICEF alertou candidatos e candidatas sobre a importância de novos prefeitos e prefeitas investirem em medidas voltadas à resiliência climática e aos direitos de crianças e adolescentes.
Por fim, o UNICEF recebeu a medalha de mérito Oswaldo Cruz, na categoria ouro, em reconhecimento à sua atuação em prol da vacinação de crianças e adolescentes no Brasil. A medalha foi entregue diretamente pelo Presidente Lula e pela Ministra de Saúde, Nísia Trindade, ao Representante do UNICEF no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil, em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
Outubro
No mês das crianças, o UNICEF e o Ratinho do Castelo Rá-Tim-Bum se uniram em uma campanha para apoiar projetos do UNICEF voltados ao acesso de meninas e meninos à água, saneamento e higiene em escolas e comunidades mais vulneráveis da Amazônia e Semiárido brasileiro. A campanha alertou que 12,2 milhões de crianças e adolescentes vivem sem acesso adequado ao esgotamento sanitário e 2,1 milhões sem acesso adequado a água no Brasil.
Novembro
Em novembro, a edição 2021-2014 do Selo UNICEF foi encerrada, premiando 933 cidades que mais avançaram nas políticas públicas voltadas a crianças e adolescentes.
Além disso, o Senado Federal foi palco de uma Sessão Especial em comemoração dos 35 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança. Na mesma ocasião, o UNICEF nomeou dois novos jovens ativistas: Catarina Lorenzo e João Vitor.
Novembro também foi um mês de muitos avanços na área de advocacy: os líderes do G20 reconheceram que as crianças estão entre as mais afetadas pela pobreza e pela fome em todo o mundo; o UNICEF aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza; e organizou um evento sobre combate à violência contra crianças em parceria com a OMS e governos da Colômbia e Suécia.
Além disso, o UNICEF, a prefeitura de Boa Vista e a UFRR apresentaram resultados do projeto Laços Educativos, que oferece educação bilíngue para integrar crianças migrantes e refugiadas que chegam a Roraima.
Dezembro
Em dezembro, o UNICEF celebrou as conquistas alcançadas pela primeira edição da #AgendaCidadeUNICEF, que aconteceu em Belém, Fortaleza, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo, entre 2021 e 2024. Além disso, dezenas de municípios receberam certificações da iniciativa Unidade Amiga da Primeira Infância (UAPI), que qualifica os serviços públicos de saúde e de educação infantil de forma a contribuir para os resultados das políticas municipais para a primeira infância.
Também foi o momento de encerrar a operação e emergência no Rio Grande do Sul, após a estabilização dos serviços após as enchentes.