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Estudando, meu futuro vai pra frente

Anthony Gabriel ficou dois anos em atraso escolar, mas encontrou apoio e recuperou a aprendizagem por meio do Trajetórias de Sucesso Escolar

UNICEF Brasil
Foto mostra um menino segurando uma braçada de livros, olhando para a câmera e sorrindo. Ele está numa biblioteca.
UNICEF/BRZ/Ítalo Cristovão
27 outubro 2022

“É muito bom a escola, porque, se não fosse a escola, eu não saberia ler, não saberia escrever, não saberia nada”, diz Anthony Gabriel Oliveira Santos, 12 anos, de Aracaju, Sergipe. Com um sorriso no rosto e uma paixão por português e matemática, o adolescente vinha de um histórico de atraso escolar e agora está conseguindo recuperar a aprendizagem e avançar por meio da iniciativa do UNICEF Trajetórias de Sucesso Escolar, para reduzir a distorção idade-série e retomar os estudos.

Atualmente, Anthony cursa o 5º ano na Escola Estadual Professora Cecinha Melo Costa e por questões familiares ficou dois anos em atraso escolar. “No terceiro ano, eu não sabia ler e o professor me ensinou. Ele fez uma historinha para eu ler e aos poucos comecei a aprender, agora já estou lendo melhor e textos maiores”, conta o menino. “É só estudar e correr atrás do seu sonho, estudando, meu futuro vai pra frente”, conclui.

“Anthony se desenvolveu muito. Ele chegou no começo do ano apenas silabando e hoje já está preparado para ir para o sétimo ano. Fizemos o letramento com várias atividades, como paródia, fábula, literatura de cordel, gibi e revista para incentivarmos a leitura”, diz o professor Pedro Viera dos Santos.

Para a avó do adolescente Maria Juvenildes Oliveira Santos, ver o neto ler foi motivo de alegria e orgulho. “Ele não estava escrevendo e lendo direito, por isso repetiu um ano. Depois que ele entrou no ProSIC*, ele começou a avançar. Ele chegou em casa dizendo: mãe, eu já leio. Ele pegou um livro e leu tudo. Para mim, foi uma beleza”.

“Recebemos o Anthony com defasagem de ensino e dificuldade de aprendizagem, então oferecemos apoio com reforço escolar e oficinas pedagógicas. Ele evoluiu bastante, chegou à premissa da alfabetização com várias dificuldades e é uma progressão perceptível e significativa, nós estamos muito orgulhosos”, relata, com brilho nos olhos, diz Marcieli de Andrade Ribeiro, coordenadora pedagógica da Escola Estadual Professora Cecinha Melo Costa.

Foto mostra um menino escrevendo números em um quadro branco. Do lado dele há um homem olhando.
UNICEF/BRZ/Ítalo Cristovão

Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC)

O Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC) – iniciativa da Secretaria Estadual de Educação, em parceira com o UNICEF e parceiros – é voltado ao aluno ou aluna que já está em distorção idade-série, com dois ou mais anos de atraso escolar. “A nossa escola tem 14 turmas e dentro dos nossos indicadores existe a distorção de idade-série. Por meio do ProSIC, os alunos conseguem avançar nos estudos e posteriormente acompanhar suas respectivas turmas de acordo com sua idade”, conta Marcieli.

Com práticas pedagógicas adaptadas à realidade desses estudantes, eles têm novas opções para avançar na aprendizagem e seguir em frente. “Entre os principais pontos do programa, estão o numeramento, no qual os alunos aprenderão matemática de forma lúdica e prazerosa, por meio de jogos e ferramentas numéricas; letramento por meio da leitura e escrita, eles desenvolvem habilidades cognitivas e de interpretação e o projeto de vida com temas transversais, por exemplo, bullying e drogas, temáticas que estimulam os alunos e trazem novas perspectivas”, explica a coordenadora.

Sobre a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar
A estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar é uma iniciativa do UNICEF e parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. O objetivo é facilitar um diagnóstico amplo sobre a distorção idade-série e o fracasso escolar no País, e oferecer um conjunto de recomendações para o desenvolvimento de políticas educacionais que promovam o acesso à educação, a permanência na escola e a aprendizagem desses estudantes.

O site da estratégia disponibiliza materiais pedagógicos – com as experiências didáticas –, textos, vídeos e dados relativos às taxas de distorção, abandono escolar e reprovação, com recortes por gênero, raça e localidade, que mostram as relações entre o atraso escolar e as desigualdades brasileiras.