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mae e filha posam para a foto
UNICEF/BRZ/David Ferreira

Duas gerações em busca de educação e oportunidades para meninas

Conheça um pouco da história de Maria Estrela, de 15 anos, e de sua mãe, Elivânia, de 53, moradoras da Cidade Operária, em São Luís, no Maranhão.

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UNICEF
07 março 2025

Maria Estrela, de 15 anos, e sua mãe Elivânia, de 53 anos, são de gerações diferentes, mas compartilham o desejo de um mundo mais inclusivo e justo para as meninas, com educação de qualidade e oportunidades para crescer. Apesar desse desejo comum, a juventude que Maria Estrela vive hoje, na Cidade Operária, na região metropolitana de São Luís, no Maranhão, é muito diferente daquela vivida por Elivânia.

Boa parte do território da Cidade Operária é marcada por profundas vulnerabilidades sociais, especialmente entre crianças e jovens.

Depois de sair do interior do estado para morar com a mãe e os irmãos na capital, Elivânia não conseguia sequer ir à escola todos os dias. 

Boneca de pano em cima de tecidos

UNICEF/BRZ/David Ferreira

mulher em primeiro plano olha objetos e filha adolescente aparece ao fundo

UNICEF/BRZ/David Ferreira

Hoje, a filha Maria Estrela cursa o Ensino Médio, quer ser médica, e faz parte de grupos de jovens que pensam e influenciam a realidade à sua volta. Apesar de reconhecer que os desafios que ela enfrenta hoje são diferentes dos enfrentados pela mãe, Maria sabe que ainda há um longo caminho pela frente. 

“Ainda tem muitas crianças fora da escola, às vezes falta professor, e às vezes falta qualidade na educação”, disse.

Quando jovem, Elivânia queria ser repórter, mas a necessidade atrasou um pouco o sonho acadêmico. Hoje, Elivânia tem duas graduações, está fazendo um mestrado e já pensa no doutorado. Ela considera que a juventude de hoje tem mais oportunidades, mais espaço para criar e se expressar e também consegue desenvolver relações mais abertas com os pais.

“As oportunidades se ampliaram, mas elas ainda não chegam pra todo mundo”, disse Elivânia.

É por acreditar no poder transformador da educação de qualidade – especialmente para meninas -, que Maria Estrela carrega consigo um forte desejo de continuar contribuindo para que as oportunidades das jovens de hoje sejam ainda mais amplas. 

mãos de duas mulheres segurando dois cadernos

UNICEF/BRZ/David Ferreira

Uma mulher e sua filha caminham de mãos dadas

UNICEF/BRZ/David Ferreira

Atualmente, Maria Estrela participa de diversos projetos em prol dos direitos das crianças e dos adolescentes, incluindo o Conselho Jovem do UNICEF.

Ela esteve recentemente em Brasília, capital do país, com um grupo de jovens que se reuniu para discutir propostas para um futuro melhor. O resultado foi uma carta lida no Senado Federal, em uma sessão especial que celebrou os 35 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, que alertou para a crise climática e os desafios do futuro.

“A gente precisa de mais pessoas que nos representem. E o que falta para as meninas se sentirem representadas são pessoas que possam estar nesses lugares importantes, que representem elas, como na política, nas escolas”, diz, ao lembrar do preconceito que ainda é um desafio tão comum para a juventude de hoje. “No Brasil, a gente ainda tem que aprender a respeitar um ao outro, respeitar suas crenças, respeitar seu jeito de ser, os seus pensamentos. Cada pessoa é diferente e a gente tem que aprender a respeitar uns aos outros”.