Águas da Oxum, para todos

No Terreiro Nossa Senhora da Vitória, em São Luís, UNICEF e Instituto Alok entregaram uma estação de lavagem de mãos que foi carinhosamente batizada de Águas da Oxum

UNICEF Brasil
Foto mostra uma mulher lavando as mãos em uma pia.
UNICEF/BRZ/Emanuelle Rabelo
06 agosto 2021

O Terreiro Nossa Senhora da Vitória, na capital do Maranhão, São Luís, é um espaço de grande significado. Além de seu papel espiritual para os frequentadores, o local era um centro social para os que passavam por ali. Comemorações religiosas – como a do Divino Espírito Santo –, festas em dias especiais – como Dia das Mães e Dia das Crianças – e diversas atividades, oficinas, projetos e cursos reuniam pessoas da comunidade ao redor.

Durante a pandemia, apesar de não ter podido receber por muito tempo os filhos da casa, o terreiro seguiu representando seu papel social, dessa vez voltado para promover a conscientização de todos para a prevenção da Covid-19. “Durante esse período e até hoje, mesmo com a vacinação, nós ainda temos todo o cuidado de falar sobre as prevenções, o uso da máscara, o uso do álcool gel”, diz Thamires Monteiro. Ela é mãe equede e mãe pequena no terreiro, “que é quem cuida, ajuda na organização no dia a dia do terreiro, ao lado da mãe de santo”, explica. “A importância do terreiro na minha vida é primordial, eu frequento praticamente todos os dias”, diz ela.

Para contribuir com a prevenção da Covid-19 e a saúde de todos, o UNICEF, em parceria com o Instituto Alok, entregou ao terreiro uma estação de lavagem de mãos, composta por uma pia e dispenser para sabão líquido. No total, serão entregues 10 estações de lavagens de mãos em escolas e comunidades quilombolas de São Luís e do município de Alcântara, também no Maranhão.

Agora, quem passa pelo local já pode se beneficiar das Águas da Oxum, nome dado para a nova estação em homenagem à orixá da religião de matriz africana, que é a rainha das águas doces, rios e cachoeiras.

A pedido, a estação foi colocada do lado de fora do terreiro, logo na porta de entrada. Para Thamires, essa é uma forma de espalhar a mensagem ainda mais, permitindo que os moradores da comunidade ao redor também se beneficiem da iniciativa. “Ela é muito importante para a comunidade, não só pro terreiro. Existem pessoas do entorno, dos bairros próximos que passam por aqui, e vão todos conseguir se beneficiar. Com isso, a gente difunde a ideia da higienização das mãos, do autocuidado, para que as pessoas que passarem possam usufruir do benefício”, diz.

Foto mostra as mãos de uma adolescente segurando um folheto sobre menstruação
UNICEF/BRZ/Emanuelle Rabelo

Além de a inauguração da estação de lavagem de mãos, o dia no terreiro teve uma roda de conversa sobre saúde menstrual para meninas adolescentes da comunidade, na qual puderam tirar dúvidas e falar sobre saúde das mulheres. As participantes também receberam a cartilha “Menstruação na pandemia e outras coisinhas +”, que traz informações sobre a primeira menstruação, o ciclo menstrual e como buscar os serviços essenciais de saúde e proteção durante a pandemia.