UNICEF apoia Roraima para ampliação da vacinação de rotina
Com contratação de técnicos e formação de equipes móveis, o UNICEF, em parceria com o Governo de Boa Vista, trabalha para reverter a queda na cobertura vacinal entre crianças e adolescentes
Boa Vista, 4 de novembro de 2020 – Em meio à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação, ocorrida no mês de outubro, o UNICEF reforçou as atividades para fortalecer a cobertura vacinal no estado de Roraima, com foco nas crianças e nos adolescentes migrantes e refugiados da Venezuela.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista, o UNICEF formou uma equipe móvel de vacinação para buscar ativamente crianças com o cronograma vacinal desatualizado e alcançar pessoas em situação de vulnerabilidade que têm dificuldade para se deslocar até uma Unidade Básica de Saúde. Em seis ações durante o mês, mais de 400 crianças foram localizadas e tiveram as suas cadernetas atualizadas.
A imunização por meio da vacina é a prática mais barata e eficaz para a prevenção contra várias doenças infecciosas, estando entre as intervenções de maior impacto para a redução da mortalidade infantil.
“O monitoramento e atualização da situação vacinal é uma das nossas ações prioritárias. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal para evitar surtos de doenças imunopreviníveis, uma prioridade reforçada diante da pandemia de Covid-19”, afirmou Daiana Pena, oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF no Brasil
Na capital do estado e em Pacaraima, uma equipe de nove técnicos de enfermagem foi contratada para atuar especificamente na atualização vacinal em Unidades Básicas de Saúde, atividade que segue nos próximos meses. O UNICEF também organizou um curso de atualização em imunização para mais de 20 técnicos de enfermagem em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista.
Desde 2015, vem sendo observada no Brasil uma queda nas coberturas vacinais, o que se agravou durante a pandemia de Covid-19 em função do adiamento das aplicações das doses recomendadas e da baixa procura dos serviços de saúde.
Especialistas temem o reaparecimento de doenças que até então estavam erradicadas ou controladas, entre elas, o sarampo e a poliomielite. O sarampo foi declarado eliminado do País em 2016 pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, mas voltou a registrar surtos no Brasil em 2018.
Nos abrigos da Operação Acolhida – a resposta humanitária do Governo Brasileiro à crise migratória venezuelana –, agentes comunitários de saúde fazem o monitoramento constante da situação vacinal da população, como parte do programa regular do UNICEF em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra).
Para entender os motivos que estão levando as famílias a não vacinar os filhos menores de 5 anos, o UNICEF lançou recentemente um estudo qualitativo sobre os fatores relacionados à redução das coberturas vacinais de rotina em crianças menores de 5 anos durante o período de novembro de 2019 a maio de 2020.
As ações para o fortalecimento da cobertura vacinal contam com o financiamento da Ajuda Humanitária da União Europeia (Echo, na sigla em inglês) e do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
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