Especialistas da América Latina e do Caribe discutem desafios e avanços no monitoramento da situação da infância e adolescência

Organizado pelo UNICEF em parceria com os Institutos Nacionais de Estatística do Chile e do Uruguai, além de com o IBGE, o encontro reuniu representantes de 22 países da região

23 novembro 2022
Foto mostra um grupo de pessoas em reunião
IBGE/@biancagensfotografia

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2022 – Nos dias 21 e 22 de novembro, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro a 5ª Reunião do Grupo de Estatísticas da Infância da Conferência Estatística das Américas (CEA). A reunião foi organizada pelo UNICEF em parceria com os Institutos Nacionais de Estatísticas do Chile e Uruguai, tendo o IBGE como anfitrião.

Ao todo, participaram especialistas de 22 países da América Latina e do Caribe, reunidos com o objetivo de discutir as melhores práticas para monitorar a situação das crianças e dos adolescentes na região. De forma geral, foram debatidas as lacunas e os avanços no monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados com a infância e a adolescência. Em especial, o grupo se debruçou em discutir como os registros administrativos podem ser aproveitados nesse monitoramento, incluindo o aspecto da qualidade e os marcos éticos desse uso.

“Os dados, as evidências são cruciais para avançarmos na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Apesar da grande capacidade técnica dos países, ainda há lacunas importantes, especialmente quando pensamos no monitoramento das violências contra meninas e meninos, na saúde mental ou até mesmo no desenvolvimento da primeira infância. Este encontro é valioso para entendermos as lacunas, aprendermos uns com os outros e aprimorar o apoio que o UNICEF pode dar aos governos”, destaca Rada Nueva, chefe de Programas e Planejamento do UNICEF na América Latina e no Caribe.

A coordenadora do Sistema de Registro Nacional do Instituto Nacional de Estatística do Chile, Aylin Flores, também ressalta a oportunidade de os países melhorarem a qualidade dos dados no âmbito da agenda dos ODS relacionados à infância.

“Este encontro traz a possibilidade de conhecermos experiências variadas, outras perspectivas sobre os desafios do dia a dia, e encontrarmos sinergias em nossos esforços”, completa Valentina Santo, chefe do Departamento do Sistema Estatístico Nacional do Uruguai. E destaca: “As estatísticas são fundamentais para tomarmos as melhores decisões nas políticas públicas e focarmos em quem mais precisa”.

A representante interina do UNICEF no Brasil, Paola Babos, também ressalta o papel estratégico das evidências na tomada de decisões e priorização das políticas públicas. “Os dados nos permitem dar visibilidade às crianças e aos adolescentes que mais precisam para que possamos avançar sem deixar ninguém para trás”. Ela dá o exemplo do esforço do censo brasileiro em revelar a situação de vida das crianças indígenas, quilombolas, bem como imigrantes.

Durante o evento, o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, também valorizou a oportunidade de discutir e trocar experiências sobre diversos desafios e avanços relacionados às estatísticas da infância no âmbito dos ODS. Ele citou o entendimento do atual presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, de que “os investimentos realizados na infância, sobretudo na primeira infância, representam a melhor garantia de mobilidade social intergeracional e de redução estrutural da desigualdade. As estatísticas da infância são uma garantia de mensuração das condições da população infantil e das políticas realizadas para este segmento”.

Essa foi a primeira vez que a reunião do Grupo de Estatísticas da Infância ocorreu no Brasil. O quarto encontro foi realizado em 2019 no Panamá.

Contatos para a imprensa

Immaculada Prieto
Especialista em Comunicação
UNICEF Brasil
Telefone: (21) 98237 0856

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