Dados alarmantes sobre as mudanças climáticas, eventos extremos ao redor do mundo e negociações internacionais marcaram 2024 como um ano crítico na luta contra a emergência climática. A COP29, por exemplo, já começou com o alerta de que este ano deverá ser o mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial, que calculou uma temperatura média global de 1,54°C acima da média pré-industrial. Paralelamente, o degelo recorde no Ártico e na Antártida contribuiu para o aumento do nível do mar, enquanto incêndios florestais e secas severas atingiram diversos ecossistemas e continentes.
Outro ponto que também marcou este ano foi o G20 no Brasil, com um papel importante nas discussões climáticas de 2024. A presidência brasileira priorizou o tema da sustentabilidade e impulsionou conversas sobre investimentos em energias renováveis e financiamento climático para países em desenvolvimento. Neste cenário, ações práticas e debates visando a maior conscientização, promovidos tanto por governantes e especialistas quanto pela sociedade civil, mostram-se cada vez mais importantes na luta contra a emergência climática. A união de esforços entre governos, organizações e a sociedade contribui para reforçar a urgência de medidas concretas e traz esperança para um futuro mais sustentável.
O que esteve em alta em 2024
Vida e sobrevivência
A crise climática causa danos efetivos aos ecossistemas terrestres e aquáticos. Alguns de seus efeitos visíveis são a desertificação, a escassez de água, a queda da qualidade do ar respirável, as mudanças em doenças infecciosas e a potencialização da transmissão de vetores. Com isso, suas consequências incluem um desequilíbrio ecológico que abrange risco à vida e perda de biodiversidade, visto que todo ser vivo depende de uma natureza fisicamente estruturada e essencialmente estável para a sobrevivência.
Esse cenário ocorre não somente devido ao aquecimento global, mas principalmente por conta de sua aceleração, com alterações nos padrões de temperatura da Terra, resultado de ações antrópicas no meio ambiente. Embora alguns fenômenos ocorram por causas naturais, as mudanças climáticas trazem desastres e destruição ambiental, cujas consequências mais graves são aquelas potencializadas pela ação humana.
Humanos no epicentro das catástrofes climáticas
Em setembro de 2024, o UNICEF divulgou um estudo sobre o impacto das mudanças climáticas em crianças e adolescentes, sendo um dos temas mais alarmantes o impacto geracional dessas mudanças. A pesquisa apontou que 33 milhões de crianças enfrentam pelo menos o dobro de dias extremamente quentes a cada ano em comparação com seus avós, enfatizando a importância de medidas climáticas mais rígidas para nossas cidades.
E este não é o único número que impressiona! O estudo realizado pelo observatório Copernicus mostra que 2024 está prestes a ser o ano que ultrapassará a temperatura média em 1,5°C, movimento que se acelera a cada ano devido a grande quantidade de queimadas registradas nos últimos anos. Embora os números sejam alarmantes e os impactos vivenciados cada vez mais de perto, o número de projetos voluntários voltados para ações de impacto ambiental também tem crescido, como é o caso das mobilizações realizadas localmente pelo UNICEF.
Impacto local: os voluntários #tmjUNICEF em ação
Diante do cenário ambiental de 2024, o #tmjUNICEF deixou sua marca na luta climática, realizando ações de impacto nas comunidades por meio do engajamento de jovens e adolescentes locais. Dessa forma, não apenas conscientizou a população brasileira sobre as mudanças climáticas, mas também inspirou as novas gerações de jovens voluntários quanto ao nosso papel diante da emergência ambiental.
Plantando o futuro
No dia 18 de maio, os voluntários do #tmjUNICEF organizaram e executaram, em parceria com o ICMBio, a ação ‘Plantando Futuro’ no Parque Lage, localizado na cidade do Rio de Janeiro e lar de diversas espécies nativas da Mata Atlântica. O projeto tem como objetivo a remoção de plantas invasoras e a substituição por mudas nativas da nossa biodiversidade, além de promover a educação sobre a importância da restauração ambiental.
Idealizado pelas voluntárias Raquel Nascimento e Letícia Santiago, este projeto contou com dezenas de voluntários do estado do Rio de Janeiro, além de membros da sociedade fluminense fora do voluntariado, que se sentiram envolvidos pelo entusiasmo da iniciativa dos voluntários do #tmjUNICEF e motivados a se tornarem parte ativa nesta ação pelo clima. Incrível, não é mesmo?
1° e 2° edição do arrastão ecológico
Não é segredo para ninguém que os dias de inverno na Cidade Maravilhosa são vividos com muito banho de mar e passeios na praia. Mas como aproveitar tudo isso em meio à poluição e sujeira que as praias enfrentam? Pensando nisso, as voluntárias Atany Silva e Raquel Nascimento criaram, em 2024, o projeto “Arrastão Ecológico”, que promove mutirões de limpeza de praias, lagos, córregos e rios da região em prol do meio ambiente.
Este projeto, que nasceu graças ao incentivo ao ativismo jovem por parte do #tmj, conta até agora com duas edições de grande sucesso entre os voluntários e a comunidade fluminense. Mas a limpeza não para por aí! Além de auxiliar na manutenção da biodiversidade das praias cariocas, todo o lixo coletado é corretamente separado para que o material reciclável seja utilizado em oficinas de arte, destinadas à criação de brinquedos para crianças. Nossos voluntários arrasaram nessa, não é mesmo?
Impacto expandido: os voluntários #tmjUNICEF em mobilizações digitais
As Mobilizações Digitais pelo Clima em 2024
Em 2024, o ativismo climático se fortaleceu ainda mais por meio das plataformas digitais, que se tornaram espaços poderosos para conscientização, mobilização e ação coletiva. As redes sociais permitiram que milhões de pessoas, especialmente jovens, se unissem em torno de causas climáticas, amplificando a urgência e a visibilidade do tema globalmente.
Principais mobilizações digitais de 2024
- Campanhas globais e hashtags poderosas: movimentos como o #ClimateActionNow e o #Youth4Climate se destacaram ao convocar jovens e influenciadores para pressionar líderes e promover soluções sustentáveis. Essas campanhas ganharam grande alcance, criando um ciclo de engajamento em que cada postagem e compartilhamento ajudava a manter a pauta climática em alta.
- Inovando no conteúdo para engajar: vimos uma popularização de vídeos curtos, infográficos e lives, que tornaram a informação acessível e chamaram a atenção para a crise climática de forma dinâmica. Essa evolução permitiu que o conteúdo chegasse a um público mais amplo e reforçou o compromisso com o ativismo climático digital.
- Influenciadores e parcerias digitais: muitos influenciadores se uniram a ONGs e campanhas em prol do clima, amplificando a mensagem para milhões de seguidores. Esse apoio foi essencial para engajar audiências que talvez não fossem alcançadas apenas pelos canais institucionais.
A atuação do #tmjUNICEF nas mobilizações digitais
No #tmjUNICEF, também estivemos presentes nessas mobilizações digitais, utilizando campanhas próprias e parcerias para engajar nossos seguidores em ações concretas. Postagens informativas, desafios climáticos e colaborações com influenciadores ajudaram a inspirar e educar nossa comunidade, criando um impacto que ultrapassou as redes e chegou à vida cotidiana dos jovens.
O poder das mobilizações digitais para o futuro do clima
As mobilizações digitais provaram ser um componente crucial para manter a pauta climática relevante e acessível. Cada ação digital – desde um simples post até uma campanha em massa – ajuda a formar uma rede de apoio em prol do planeta, e no #tmjUNICEF continuamos a incentivar todos a se engajarem por um futuro mais sustentável.
Referências
Redação: Amanda Lopes Carvalho, Hillary de Lima Feitosa, Júlia Ribeiro Nicolodi, Maria Eduarda de S. Obeid, Stephany Borges de Sena.
Revisão: Yvana Sylvia Morais Dene, Fabiana Moreira, Emilly Borges.