Como viverão as crianças em 2022? Elas contam o que desejam
A expressão de opinião faz parte dos direitos fundamentais da criança. No mês em que se celebra a Jornada da Criança, perguntamos a seis delas sobre como imaginam o seu futuro em Angola
Jamba Mineira (Huíla), Angola – Como você gostaria que fosse a vida de todas as crianças de Angola daqui quatro anos? Foi a pergunta que fizemos a seis crianças que vivem na Huíla, durante o lançamento nacional da Jornada da Criança 2018, que ocorreu na província no Dia da Criança, 1º de Junho.
O ano de 2022 não foi escolhido ao acaso: é o horizonte do novo Plano de Desenvolvimento Nacional de Angola (PND) 2018-2022, que sucede o PND 2013-2017 no âmbito da estratégia de longo prazo “Angola 2025”.
Aprovado em finais de Abril, o novo Plano contempla medidas de protecção e promoção dos direitos da criança que podem, se implementados, diminuir as vulnerabilidades que atingem meninas e meninos no país.
É, portanto, o momento de dar às crianças a oportunidade de vislumbrar o futuro desejado para que possam desenvolver todo o seu potencial. Vale lembrar que elas têm garantido o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre questões que lhe dizem respeito, de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança.
A Jornada da Criança vai até 16 de Junho, Dia da Criança Africana, e é realizada pelo Governo de Angola através do Instituto Nacional da Criança (INAC), com o apoio do Conselho Nacional de Acção Social (CNAS) e do UNICEF.
É hora de ouvir as crianças!
"Eu quero que todas as crianças tenham família. A família é muito importante: ela cuida, dá comida e água, dá carinho. Toda a criança precisa de família."
“Que todas possam estudar. Hoje tem muita criança que não estuda. Para ela crescer e trabalhar, precisa estudar. Se não, como ela vai fazer quando crescer?”
“Eu desejaria que todas as crianças tivessem brinquedos. Para as crianças, se divertir é muito importante mesmo.”
“Que toda a criança possa ter um médico. Quando a gente fica doente, precisa que um médico diga como curar e o que fazer. Não dá para viver sem.”
“Eu quero que toda a criança consiga se formar, na faculdade. Para fazer o país crescer, todo o mundo tem que estudar muito. Eu quero ser doutora.”
“Eu gostaria que todas as crianças tivessem muitos alimentos, e não vale alimento estragado. Hoje muita gente passa fome. Se ninguém passar fome, é muito melhor. O meu prato favorito? Cozido!”